sábado, 31 de julho de 2010

Falta de Educação e Fé

Hoje pela manhã, mais precisamente 6:30, um grupo reduzido de carros e motocicletas da Assembleia de Deus resolveu acordar a todos por onde passavam com o som alto de suas buzinas. Pecadores e poluidores feriram o sagrado direito bíblico do descanso. Só nos resta pedir a Deus que os perdoe pois provavelmente "eles não sabem o que fazem". 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Em breve nas praias de Santarém ...



No blog da santarena Franssinete Florenzano (www.uruatapera.blogspot.com)

"Em Salinas, ou acaba essa história de carro na praia ou os carros acabam com os veranistas. Ontem à tarde, um veículo invadiu uma barraca no Atalaia e atropelou pessoas que estavam sentadas no local. Uma delas, a chefe de gabinete do Sebrae, foi ferida e chegou a ser hospitalizada. Na delegacia de polícia, onde foram acompanhados de um promotor de justiça, após constatar a menor idade do motorista, o máximo que familiares das vítimas puderam foi dizer à mãe do atropelador o quanto ela é irresponsável ao entregar uma verdadeira arma ao filho não habilitado."

Nota do blog : Em Santarém as praias estão aparecendo e com elas os vândalos e irresponsáveis. Até quando os orgãos de fiscalização, MP, sociedade civil organizada irão permitir a presença de carros nas praias? Será que em ano de eleição alguém vai comprar esta briga?

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Essa nooova!!

No blog do Alailson (www.alailson.blogspot.com)


Obras em escolas sem licitação

O governo do estado está fazendo uma festa com obras públicas em escolas da rede estadual em Santarém. Todas estão sendo ofertadas com dispensa de licitação.

A desculpa para o feito está sendo o pedido emergencial feito pelo Ministério Público Estadual por meio de ações judiciais. O interessante é que alguns desses pedidos já têm quase um ano e sua 'emergência' só foi considerada pelo governo estadual agora, às vesperas de uma eleição.

Mais detalhes em breve.

O sonho Amazônico do Amazon Dream

No blog do Antenor (www.rabiscosdoantenor.blogspot.com)




O Sonho Amazônico do Amazon Dream

Por Ney Imbiriba (*) e Sebastião Imbiriba (**)




O Amazon Dream e a Compagnie Amazonienne de Navigation, sua proprietária e armadora, são fruto da paixão de dois idealistas Bernard Ramus por estas plagas do Tapajós, e Jean Thomas Bernardini que vieram a esta região, trazidos pela Paratur, em 1996, para proferir palestra sobre captação de capitais estrangeiros, em seminário de Turismo realizado na UFPA em Belém. Após o seminário, os franceses foram trazidos pelo presidente da Paratur a Santarém onde conheceram o Tapajos Amazon Lodge, construído por outros dois compatriotas em 1990 e paralisado por desentendimento dos sócios. Bernard e Jean Thomas se apaixonaram por esta bela Terra da Felicidade e adquiriram os direitos sobre o Lodge. De lá para cá foram inúmeras as provas de amor explícito desses empreendedores e operadores turísticos pelo Tapajós e pelo nosso povo. Apesar de inúmeros percalços, eles, Bernard, principalmente - Jean Thomas Bernardini se retirou da sociedade em abril de 2010 - con-tinuam demonstrando essa paixão pelas gentes e coisas desta região. 



O sonho, por vezes, se torna pesadelo. 



O Pólo Tapajós de Turismo, que abrange praticamente todos os municípios do Tapajós e do Baixo Amazonas paraense, sofre duro golpe com o acidente sofrido pelo gaiola B/M Amazon Dream, adernado pela força de tempestade equatorial nas proximidades de Itaituba, sexta-feira, 16 de julho de 2010, com a lastimável perda de uma vida humana. 



É um golpe, pela fatalidade ocorrida e pelos danos materiais diretos de seus passageiros, tripulantes e armadores. A perda de renda e emprego decorrentes da paralisação das atividades do Amazon Dream afetam também as comunidades incluídas nos roteiros das excursões do gaiola, assim como os fornecedores terceirizados de bens e serviços necessários á operação.



O Amazon Dream não é uma operação simples. 



Trata-se de uma complexa estrutura de operação turística que exige profundo conhecimento da arte, desde o planejamento dos trabalhos de relações públicas, dos roteiros das excursões, da captação de investidores, do recrutamento de colaboradores e agentes de viagem distribuidores do produto, tudo seguindo as mais modernas técnicas do marketing turístico coordenado e levado à perfeição. Esse projeto é exemplo de competência no planejamento e execução de operação turística.



A idéia original do barco fez parte do projeto do Tapajos Amazon Lodge, que os investidores franceses pretendiam restaurar, ampliar e operar onde hoje está implantada a Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, como via de acesso entre Santarém e o hotel de selva. O Lodge era um projeto de altíssimo valor ambiental e social, além de econômico, mas se tornou impraticável pela irracionalidades burocráticas kafkianas na criação da Resex. Isto, em si foi um tremendo retrocesso no desenvolvimento do turismo nesta região. Diversos projetos em andamento, inclusive as negociações para estabelecer conexão em Caiena entre vôos da Air France, provenientes de Paris, e vôos da então ainda operante Penta, destinados a Santarém, ruíram impossibilitando o grande salto esperado no número de turistas europeus rumo ao Tapajós. Esta rota talvez evitasse o fechamento da Penta. Quando o Lodge se tornou im-praticável, por falta de visão de burocratas e até sabotagem por ativistas ambientais totalmente desinformados, o projeto do barco ganhou nova dimensão, passando a ser ele próprio o meio de hospedagem durante as excursões que passaram a ser mais extensas e mais elaboradas.



O Amazon Dream surpreendeu a muitos operadores receptivos e hoteleiros regionais incapazes de vislumbrar um projeto dessa envergadura. 



Este primeiro barco seria apenas o início de um projeto de muito maior alcance. 



O Amazon Dream foi lançado no mercado europeu e mundial pelo sitehttp://www.amazon-dream.com/portugal/index.php e por um encarte especial de seis páginas no Le Figaro Magazine (enviarei cópia em PDF a quem o solicitar via simbiriba@gmail.com).



Todos sabemos o quanto o Pará d’Oeste sofre com a profunda recessão provocada, não pela marolinha da crise mundial, mas pelo tsunami da intencional paralisação da indústria florestal e afugentamento da agricultura mecanizada sem que fossem tomadas providências para criar alternativas e precauções mitigadoras do desemprego em massa em toda a região. Santarém e toda sua área de influência ficaram economicamente esvaziadas, com extenso desemprego e fechamento de inúmeras empresas. 



O PAC poderia ser um mitigador das dificuldades financeiras, mas os recursos orçamentários não são liberados. A esperança de que as eleições pudessem injetar algum dinheiro nesta região não se concretiza pelas novas restrições legais aos gastos de campanha. Uma alternativa para esse descalabro recessivo pode ser o Turismo. 



Nesta direção, o Amazon Dream é um semente a frutificar, exemplo a ser seguido. 



O destino, porém, nos infelicita, mais uma vez, com o desastre de Itaituba.



O sonho do Amazon Dream é importante demais para se extinguir. 



O sonho do Amazon Dream não pode parar por um desastre, por mais doloroso que tenha sido. O sonho tem que continuar, não somente pela beleza do sonho em si, mas pelas lições que nos proporciona: como empreender, como captar e receber turistas, como hospedar com elegância, sentimento e eficiência, como incluir comunidades ribeirinhas e das florestas, educá-las, fazê-las participar de projeto turístico e de seus resultados.



Este ideal não pode acabar. 



O Amazon Dream tem que continuar. 



Esta região toda e seu povo, suas autoridades e suas lideranças nas áreas política, trabalhista e empresarial devem se levantar e apoiar por todos os modos, ajudar a reerguer esse sonho, fazer reviver este belo sonho, o sonho do Amazon Dream.



(*) Arquiteto



(**) Pesquisador, escritor, poeta

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Deu no Blog do Dudu Dourado

DE REPENTE....

Aconteceu numa escola da periferia da cidade. Um menino de 6 anos foi esquecido de castigo atrás da porta, por mais de três horas, até a escola fechar. O que ele fez? Brigou com um colega. É o Ensino fundamental brasileiro. Formam-se levas de semi-analfabetos na base do castigo. A mãe, que encontrou o menino, explicou: "ele costuma ficar de castigo em casa e só sai quando mandam". Pois é, depois o cara cresce e vota no PT.
Fonte:www.dududourado.blogspot.com

Cadê tu Pereco!!!

Mano, manda notícias pra gente, te cuida e vê se volta logo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Videokê: sim ou não?

O blog faz uma breve enquete (ao lado) para tentar ajudar a resolver uma grande dúvida de um dos membros do Paju. Você colocaria um videokê em seu quarto para sua esposa cantarolar a noite toda?
Vote na enquete ao lado e dê sua opinião. 
Nosso amigo está confuso!!

domingo, 18 de julho de 2010

Rua da Mãe Joana

Já ouviram falar da "casa da mãe Joana", onde tudo pode, uma bagunça só? Pois é, em Santarém existe a rua da Mãe Joana, alias uma não várias.
Já mostramos anteriormente o fechamento de uma rua para a comemoração de um aniversário
Neste domingo, 18, mais uma vez fecham a rua para uma comemoração particular. O fato aconteceu na Rua Marechal Rondon entre Silva Jardim e Sete de Setembro. Um verdadeiro abuso.
Será que a Secretaria de Trânsito foi avisada? Se foi por que foi liberado a interdição da rua
Santarém, casa da Mãe Joana!!



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Desafio

O blog desafia os candidatos a Deputado Estadual de Santarém que tentam a reeleição, os vereadores que tentam se eleger para a ALEPA, os candidatos a Dep Federal, que apresentem seus trabalhos aprovados, projetos de lei ou algo relevante que fizeram durante seus mandatos. 
Desafia a imprensa também a fazer esta pesquisa (e publicá-la) para que os eleitores possam saber se os mesmos são merecedores de seus votos.
Quem tiver coragem pode mandar email ou comentário para o blog.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

EIA-RIMA CARGILL: Audiência Pública sem nossos líderes.

Está acontecendo no Iate Clube de Santarém a audiência pública para discutir o EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental)  do Terminal Graneleiro da empresa Cargill. O referido Estudo foi executado, depois que a Corte Suprema Brasileira deferiu o pedido do referido estudo feito pelo Ministério Público Federal.

Estivemos por lá, onde foi possível verificar a participação de mais de 1600 pessoas interessadas no licenciamento do "contraditório Terminal". Só não encontramos nossos líderes regionais. Talvez eles (nossos líderes), estejam mais interessados nas "suas caminhadas eleitorais" do que no destino da nossa região.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Velejando no Tapajós IV


                  Guarani deixando o Doutorzinho pra trás e com o motor desligado hehehe

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Velejando no Tapajós III - Fim de rota


                 Rio, vento, por do sol e amizade - ingredientes de um ótimo final de semana
Foto feita por Guarani, em frente a comunidade de Suruacá. Mais três horas de viagem e chegávamos às 21:30 na belíssima praia do Parauá, paraíso que muitos santarenos desconhecem.

Velejando no Tapajós II

            Bruno e Érik de velejando de olho na rota. Ninguém "amarelou" na viagem; somente as velas no por do sol

           Nem só lindas paisagens foram vistas no passeio. Velejar também tem momentos desagradáveis

Velejando no Tapajós I

                               Saída do Paju 09/07/10 12:30 hs - Os amigos Érik, Bruno e Guarani

      Érik em seu Day Sayler nas primeiras horas de velejo - vento forte entre Ponta de Pedras e Cururu

                            Vento forte enchendo o balão azul que contrasta com o azul do céu

Navegando pelo Tapajós

Os amigos Érik Jennings, Bruno Moura e Graziano Guarani navegaram por 9 hs (12:30 as 21:30) pelo Rio Tapajós na última sexta feira, da praia do Pajuçara até a comunidade do Parauá a 60 km de Santarém. O passeio deu inicio a temporada dos bons ventos que prolonga-se por todo o segundo semestre, no verão amazônico.
Os amigos navegaram a bordo de dois "Day Sayler", os mais novos barcos da flotilha Paju.
A partir de hoje publicaremos fotos do passeio

Disque denúncia

 partir desta segunda-feira, 12 de julho, qualquer tipo de irregularidade cometida na campanha eleitoral no Pará poderá ser denunciada pelo0800-7308666. Propaganda ilegal, tentativa de compra de voto, participação de candidatos em inaugurações de obras pública, arrecadação irregular de recursos para a campanha e qualquer outro ato ilícito pode ser relatado ao disque-denúncia eleitoral.

O denunciante não é obrigado a se identificar. O atendimento será feito durante o horário comercial. Nos 15 dias que antecedem a votação o serviço funcionará 24 horas por dia. As denúncias serão encaminhadas diretamente ao Ministério Público Federal (MPF) para investigação dos casos.

O atendimento será feito por um grupo de voluntários sem filiação partidária, que atuarão na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Belém. O MPF e a CNBB fazem parte das 46 instituições que compõem o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), responsável pela implementação e gerenciamento do serviço. Foi o MCCE quem organizou o abaixo-assinado que resultou na aprovação da lei da ficha limpa.

Fazem parte do movimento a Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais, Associação dos Juízes Federais, Associação dos Magistrados Brasileiros, Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, Associação Nacional dos Procuradores da República, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Federação Nacional dos Jornalistas, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Ordem dos Advogados do Brasil, dentre outros.

Com sede em Brasília, o MCCE acompanha de perto a atuação do Tribunal Superior Eleitoral e mantém contato com os responsáveis pela adoção de medidas que favoreçam a lisura do processo eleitoral no Brasil.

Celular contra a corrupção Para o MCCE, além de tornar mais fácil a realização da denúncia outra grande vantagem do serviço é ter o cidadão como aliado na fiscalização das ilegalidades cometidas na campanha eleitoral. E, como fiscal, hoje em dia o eleitor tem muito mais condições de coletar provas dessas irregularidades. Atualmente grande parte da população possui telefone celular capaz de fazer fotos e vídeos, e essas provas são fundamentais para que as denúncias se transformem em ações judiciais e possam levar à condenação dos infratores, avalia o Procurador Regional Eleitoral no Pará, Daniel César Azeredo Avelino.

Para transmitir dados como esses o eleitor pode utilizar o e-mail. Basta enviar a denúncia e as fotos ou vídeos para o e-mail denunciaeleitoral@prpa.mpf.gov.br. Assim como no disque-denúncia, não é necessário que o denunciante se identifique.

fonte MPF

terça-feira, 6 de julho de 2010

12 motivos para votar em Marina Silva

AQUI ESTÃO 12 RAZÕES PARA VOCÊ USAR QUANDO PRECISAR EXPLICAR RAPIDAMENTE POR QUE VOTAR EM MARINA SILVA.

    • Tem causa
      A causa de Marina Silva é a causa do planeta, da qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro. É a nossa causa, dos nossos filhos, dos nossos netos, de toda a nossa descendência.
    • Quer desenvolvimento sustentável
      Marina Silva está em sintonia com os desafios do século 21. Ajudará o Brasil crescer, mas sabe que o crescimento é só uma ferramenta para que o país atinja o desenvolvimento econômico, social, ambiental e cultural, o verdadeiro desenvolvimento sustentável.
    • Conhece a pobreza
      Marina é Silva. Como a maioria das gentes no Brasil, nasceu pobre. Com força de vontade, com escola e com a ajuda de pessoas boas, superou tudo.
    • Valoriza a educação
      Alfabetizada aos 16 anos, tornou-se professora, vereadora, deputada estadual, senadora e ministra.Sabe da importância da educação. Seu projeto transformará o Brasil num país do conhecimento.
    • Dará oportunidades para todos
      Marina Silva oferece ao país a terceira geração dos programas sociais, com a capacitação e a inserção dos beneficiados no mercado de trabalho, de acordo com os potenciais de cada família.
    • É verde
      Marina Silva alia visão da qualidade de vida com a necessidade da preservação ambiental. É uma das 50 personalidades que podem salvar o planeta, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
    • Tem capacidade de gestão
      Tranquila, mas firme, Marina Silva possui enorme competência. Foi sob sua batuta no governo Lula que o país diminuiu de forma drástica o desmatamento na Amazônia. O Brasil não precisa de gerente. Precisa de uma líder com visão de futuro, como Marina Silva.
    • Tem equipe
      Desde seu primeiro cargo, Marina Silva sempre se cercou de pessoas inteligentes, modernas e eficientes. É um imã de pessoas honestas e boas.Marina atrai competências.
    • Nova forma de governo
      Marina Silva não governa com apaniguados nem sob a influência das indicações políticas. Sabe ouvir, governa com a ajuda de especialistas, de técnicos. Pretende unir no governo o lado bom de cada administração pública.
    • É sucessora
      Marina Silva integra os avanços dos governos FHC e Lula.É o passo adiante para superar as deficiências que persistem no país.Não é uma opositora, que rejeita tudo, nem uma continuadora, que vê tudo positivo.É uma sucessora.
    • Combate ao desperdício
      Marina Silva tem história para combater a corrupção, para acabar com o loteamento dos órgãos públicos, para acabar com o desperdício do dinheiro público, do capital humano, das oportunidades, dos recursos naturais.
    • É mulher
      Marina Silva está em sintonia com o século 21. Ela acolhe e estimula o diálogo. É um novo modelo de liderança, que integra razão e emoção. Será a primeira mulher a cuidar do Brasil.

      domingo, 4 de julho de 2010

      Jogo político no Pará exclui interesses do povo

      Como sempre Lúcio Flávio Pinto fazendo sensata análise política no Pará. Leia e enoje-se:

      O Strip-tease moral da eleição no Pará

      LúcioFlávio Pinto
      Editor do Jornal Pessoal
      Nem o mais cínico dos visionários poderia prever o que acontece no Pará como preparação para a eleição de outubro. Biografias, princípios e pudor foram deixados de lado na volúpia pelo poder. Os candidatos só pensam em si. E o eleitor: aceitará essa esbórnia?
      A sociedade paraense está moralmente podre.

      O mau cheiro mais forte exala da sua prática política. Ela nunca foi exatamente um exemplo de boa educação. Mas resvalou neste ano para um dos mais baixos patamares de todos os tempos. Há mais informações em circulação, mais mecanismos e instituições de controle para evitar vícios como o famoso “mapismo”, responsável pela má fama que o Pará adquiriu: de ser sempre o último Estado a concluir a apuração de votos (o retardamento minava a vigilância e favorecia a manipulação dos votos, que dormiam sob temerária proteção estatal).
      Mesmo assim, a temporada eleitoral de 2010 se tornou numa escancarada operação de compra e venda de apoios e votos (consciência se tornou produto raro na praça). No atual estágio, ainda preparatório, as transações se restringem às lideranças. O mercado de legendas e de nomes parece não admitir mais exceções: todos aceitam qualquer proposta, desde que atenda aos seus interesses. Depois, será a caça aos votos, a qualquer preço. O limite da responsabilidade já foi ultrapassado. Agora é o vale-tudo. Programas, projetos, idéias e mesmo biografias não interessam. Tudo está no pregão. Só o que interessa é vencer.
      Para tentar eleger o seu sucessor na eleição de 1990, o governador Hélio Gueiros recorreu à farta distribuição de prêmios e brindes, entregues sob o roto disfarce de sorteios na operação “caminhando com o povo”. Parecia o máximo de cinismo. Já não é mais. A governadora Ana Júlia Carepa percorreu o interior do Estado entregando seu “kit faz estrada”, composto por patrulhas mecanizadas, que são o sonho de consumo dos prefeitos em véspera de eleição, além de algumas centenas de casas construídas às pressas e motocicletas. As 503 patrulhas mecanizadas (tratores, motoniveladoras, caminhões) custaram 140 milhões de reais, obtidos junto ao BNDES.
      O governo e a bancada da oposição na Assembléia Legislativa se envolveram num cabo-de-guerra em torno de 366 milhões de reais, que o Estado também tomaria emprestado do BNDES, com as torneiras abertas para irrigar com bilhões de reais o terreno eleitoral do PT e aliados. A idéia do governo era entregar uma ração a cada um dos municípios conforme seus próprios critérios, sem interferência externa.
      O PMDB, num lance de sagacidade, que tem a ver com a disputa pelo poder, mas não com a natureza do investimento público, transferiu a maior parte da prerrogativa do governo para as prefeituras. Alegando normas técnicas do banco, o governo deu novo golpe depois da aprovação do projeto no legislativo, ao fim de longas negociações, e retomou a rédea do dinheiro, vetando as mudanças que já aceitara. Não havia plano de aplicação no texto aprovado pelo legislativo e os gastos incluíam despesas correntes, quando a norma bancária restringe a aplicação a investimentos. Não havia o menor resquício de planejamento. Mas havia o interesse eleitoreiro – e é o que basta nasaison.
      O uso sem pudor da máquina pública começou a arrancar a governadora Ana Júlia do lodo no qual ela vinha patinando, em função do seu alto índice de rejeição. Tantos tratores, dinheiro, casas e outras “bondades” de temporada, subitamente, encheram de legendas o balaio do PT, até então ameaçado de ficar vazio. O fisiologismo arrebentou todas as barragens de contenção e autorizou siglas historicamente conflitantes a se juntarem, como se nada houvesse a distingui-las. O PT comanda um arco antes inimaginável de 12 legendas, enquanto, do outro lado, PMDB e PSDB caminham quase sozinhos.
      O PP, controlado pelo mais longevo dos políticos paroquiais em atividade no Pará, o deputado federal Gerson Peres, e do qual passou a fazer parte o primeiro político condenado em primeira instância judicial por pedofilia, o ex-deputado estadual Luiz Afonso Sefer, se tornou par da governadora para o que der e vier, literalmente. O DEM do deputado Vic Pires Franco, que tratava Ana Júlia com desprezo e ironia, também se ofereceu para a composição, disposto até a arrancar uma liberação da direção nacional do partido, que colocou o PT no índex das alianças. Depois de ironizar e esnobar a todos, o partido do casal Pires Franco não conseguiu realizar seu desejo, de garantir a disputa em coligação de uma das vagas para o Senado. Só lhe ofereceram a vice-governadoria, reprise da experiência de Valéria junto a Simão Jatene, do PSDB.
      Parece que ninguém levou muito a sério os elevados índices de preferência que ela teria alcançado nas pesquisas do Ibope, intensamente divulgadas no blog do marido (suspenso para não prejudicar as tratativas pré-eleitorais, embora ele salientasse o caráter jornalístico do seu espaço virtual). Ainda parece ecoar o que aconteceu dois anos atrás: favorita nas prévias, Valéria terminou em melancólico quarto lugar na eleição para prefeito de Belém. Foi a desmoralização das pesquisas. Mas ela vai tentar de novo.
      Já o atual vice-prefeito de Belém, Anivaldo Vale, do PR, beneficiado pela reeleição de Duciomar Costa, do PTB, no intervalo de dois anos, entre a disputa municipal e a eleição geral de 2010, passou de inimigo mortal para afetuoso companheiro de chapa de Ana Júlia. Uma mutação tão rápida que as bancadas na Câmara Municipal nem foram avisadas para ajustar seus papéis ao novo enredo. E isso importa? Se o que importa é acender a luz do poste eleitoral que outrora atendia pelo nome de Dilma Roussef (e hoje é figura estelar no eleitorado), impondo essa regra a todo o PT, localmente essa diretriz é conjugada com o mesmo empenho pela reeleição de Ana Júlia.
      Mesmo com um índice de rejeição que vinha se mantendo acima de 50%, ela já pode ser considerada como a favorita para o 1º turno, que provavelmente não decidirá a disputa, exigindo a realização de nova eleição? Em tese, sim. A governadora ainda tem trunfos na manga para usar, graças ao controle da máquina pública e à sua utilização abusiva, como a indústria da nomeação de assessores especiais, em plena atividade. Apresentando a perspectiva de muitos milhões de argumentos, conseguiu com essa prosopopéia a adesão de ninguém menos do que Duciomar Costa, com seu PTB de ocasião, algo que nem o mais fisiológico dos petistas teria imaginado.
      Os únicos adversários de peso de Ana Júlia são o ex-governador Simão Jatene, do PSDB, e o presidente da Assembléia Legislativa, Domingos Juvenil, pelo PMDB. A situação teria uma correlação diferente se Jader Barbalho tivesse encarado o desafio de se candidatar ao governo pela quarta vez. Ele é um dos líderes nas pesquisas, mas seu realismo político e sua vulnerabilidade o fizeram optar pelo também problemático retorno ao Senado. Ele pode acabar excluído pela primeira vez de uma disputa eleitoral se a “lei da ficha limpa” tiver aplicação radical.
      O Liberal, seu maior inimigo, suscitou a hipótese de ele poder ser enquadrado como um “ficha suja” e não poder participar da eleição, por ter renunciado em 2002 ao mandato de senador para não ser cassado. Não é uma hipótese impossível, mas a justiça brasileira se transformou numa caixa de pandora: dela tudo pode sair. Como a extinção do processo contra Duciomar Costa pelo Tribunal Regional Eleitoral, não pelo exame do mérito da sua cassação, decidida em 1º grau, mas por uma filigrana formal, que caracterizou a perda do prazo pelo PMDB, autor da ação. O tribunal apostou numa tese para lá de temerária e, mais uma vez, foi desautorizado pelo TSE, que lhe devolveu o processo para que examine o mérito, ao invés de se desviar da questão através de preciosismos sem relevância. O tribunal ficou sob a suspeita de proteger indevidamente o alcaide belenense.
      Mais uma vez restou a sensação de que, mais importante do que o conteúdo dos autos e a apreciação dos julgadores, pesou na deliberação do tribunal eleitoral do Pará providências de bastidores. Elas já podiam ser deduzidas pela nomeação do procurador municipal Luiz Neto como juiz eleitoral, por decreto assinado pelo presidente Lula, pouco antes do julgamento da cassação de Duciomar. Claro que o novo juiz, respeitado como advogado, não participou nem participaria da sessão. Sua nomeação era apenas um sinal, ou um recado. Na direção de composições, capazes de surpreender o mais cético dos observadores e escandalizar o mais vivido analista.
      A movimentação pré-eleitoral, se comparada a um jogo de futebol, está seguindo uma regra única: do joelho para cima, tudo é canela. O passado, a coerência e até o pudor foram deixados de lado. O ex-governador Almir Gabriel, que defendia a permanência da União pelo Pará, liderada pelo seu PSDB, depois de 12 anos no governo, como a melhor maneira de mudar a face do Estado pela aplicação de projetos “estruturantes” para modificar sua fisionomia colonial, atirou todo esse discurso na lata de lixo. Seu objetivo obsessivo (e já patológico) passou a ser a destruição da candidatura do também ex-governador Simão Jatene, o único nome com densidade eleitoral de que dispõe o PSDB.
      Com uma aparência relaxada (camiseta regata sem manga, deixando à mostra suas axilas, usada mesmo à mesa do café da manhã, cabelos em completo desalinho e olhos esbugalhados), que sugere muita coisa, menos lucidez, Almir Gabriel se reaproximou daquele que foi o Judas da malhação popular durante o império dos tucanos paraenses, tratado por ladrão e nocivo. A fotografia dos dois ex-inimigos reunidos tão cordialmente no apartamento de Gabriel é um dos documentos visuais mais representativos daquilo a que se reduziu a política estadual.
      Jader Barbalho não tem nada a perder com essa surpreendente adesão ao seu candidato a governador, Domingos Juvenil. Simplesmente a aceitou, sem endossar qualquer coisa que seu ex-novo aliado tenha dito ou venha a dizer. Se Almir ainda tiver votos e os transferir para Domingos Juvenil, o PMDB sairá ganhando, sem que com isso se incompatibilize para um acordo – com o PSDB ou o PT – no segundo turno. Se o ex-governador não for mais do que um tigre de papel, que cavou o abismo com seus pés, conforme a música de Nélson Cavaquinho, Jader pelo menos terá desmoralizado aquele que tanto o hostilizou e agora o procura. Não para que se juntem em torno de uma plataforma de realizações pelo Pará, mas para enfraquecer Jatene, que se comportou como um traidor em relação ao seu padrinho, responsável por transformá-lo de poste eleitoral em governador – atitude de que o próprio Almir foi acusado por Jader, que o fez prefeito e o elegeu senador.
      Resta saber como reagirá o nobre eleitor a esse jogo tão medíocre e sujo. Por enquanto, ninguém o levou em consideração. Ele é o russo da parábola futebolística de Garrincha diante do técnico Vicente Feola. Os eleitores farão o que seus líderes lhes mandam fazer ou se chocarão com tanta mudança fisiológica?