Todo ano, a partir de julho/agosto, as praias começam a aparecer e encantar todos que aqui moram ou aqui visitam. O que deveria ser motivo somente de alegria é motivo de preocupação também. Não vou falar aqui da inadmissível e triste presença de motos e carros nas praias, que trazem todo ano insegurança e medo aos banhistas e principalmente à comunidade da beira do rio, além dos sérios danos causados ao meio ambiente.
O que gostaria de chamar atenção é algo que alguns falam muito superficialmente, outros nem falam: a falta de banheiros públicos nas praias principalmente na Ilha do Amor, em Alter do Chão, a praia mais bonita do Brasil.
Nada melhor do que ver nossas praias lotadas e o povo aproveitando gratuitamente esse presente dado por Deus, a nós santarenos. Mas todo final de semana, não consigo me desgarrar totalmente de minha profissão de médico e me perguntar: onde esse povo todo faz suas necessidades fisiológicas (líquidas e sólidas)? Será que passam algumas horas “apertados”, mesmo após muitos copos de água, refrigerante e cerveja? Ou será que eles pegam a canoa ou a bajara (depende do “aperreio”!) para correr atrás de um banheiro em alguma casa amiga, pousada, restaurante ou de um matinho?
É mais lógico pensarmos que os dejetos são despejados ali mesmo, nas águas do Lago Verde. Já até sabemos os movimentos de quem quer usar o “banheiro submerso”. O cidadão se afasta, fica um tempinho e volta. Se demorar mais e jogar água pra trás cuidado: algo indesejado pode flutuar ao seu lado.
Agora, qual a solução encontrada pelos mais de 100 mil visitantes que visitarão Alter do Chão esse fim de semana
A ausência de banheiros públicos em praias de uma cidade que possui vocação turística extraordinária é, antes de tudo, uma questão de saúde pública. Várias doenças, desde gastro-enterites à hepatite A, são transmitidas por água contaminada com coliformes fecais por exemplo. A falta de banheiros também impressiona negativamente os turistas (é, eles também sentem necessidades!), algumas vezes até mais que a beleza do lugar.
Apontar o problema é fácil, e as soluções?
Colocar só banheiro não resolve, na verdade até piora. Manter e retirar os dejetos de um turno ou dia todo de uma ilha (estou falando da ilha do Amor – Alter do Chão) parece não ser algo fácil, logisticamente falando. De fato, a manutenção de um banheiro público é complicada.
Uma boa opção é parceria entre as barracas da ilha e a Prefeitura Municipal. As barracas poderiam manter o ordenamento e limpeza do lugar e a prefeitura ficaria responsável pelo material de limpeza e retirada dos dejetos do dia. Mas como retirar os dejetos se os caminhões “limpa-fossa” não chegam lá? Usar longas mangueiras sugadoras? Ou seria melhor colocar todos os banheiros em uma balsa com tanques químicos de eliminação de dejetos? Não seria melhor terceirizar todo serviço? Depende do ponto de vista. Nesses tempos de “pindaíba” de recursos não parece ser a melhor solução.
Enfim, é preciso fazer alguma coisa, urgente, pelo meio ambiente, pelo turismo e principalmente pela saúde da população santarena e de quem nos visita.
OS: Essa semana mantive contato com dois vereadores para colocar o problema ( um do partido o qual sou filiado e outro também médico). Espero que ambos tomem medidas para tentar resolver o problema
O que gostaria de chamar atenção é algo que alguns falam muito superficialmente, outros nem falam: a falta de banheiros públicos nas praias principalmente na Ilha do Amor, em Alter do Chão, a praia mais bonita do Brasil.
Nada melhor do que ver nossas praias lotadas e o povo aproveitando gratuitamente esse presente dado por Deus, a nós santarenos. Mas todo final de semana, não consigo me desgarrar totalmente de minha profissão de médico e me perguntar: onde esse povo todo faz suas necessidades fisiológicas (líquidas e sólidas)? Será que passam algumas horas “apertados”, mesmo após muitos copos de água, refrigerante e cerveja? Ou será que eles pegam a canoa ou a bajara (depende do “aperreio”!) para correr atrás de um banheiro em alguma casa amiga, pousada, restaurante ou de um matinho?
É mais lógico pensarmos que os dejetos são despejados ali mesmo, nas águas do Lago Verde. Já até sabemos os movimentos de quem quer usar o “banheiro submerso”. O cidadão se afasta, fica um tempinho e volta. Se demorar mais e jogar água pra trás cuidado: algo indesejado pode flutuar ao seu lado.
Agora, qual a solução encontrada pelos mais de 100 mil visitantes que visitarão Alter do Chão esse fim de semana
A ausência de banheiros públicos em praias de uma cidade que possui vocação turística extraordinária é, antes de tudo, uma questão de saúde pública. Várias doenças, desde gastro-enterites à hepatite A, são transmitidas por água contaminada com coliformes fecais por exemplo. A falta de banheiros também impressiona negativamente os turistas (é, eles também sentem necessidades!), algumas vezes até mais que a beleza do lugar.
Apontar o problema é fácil, e as soluções?
Colocar só banheiro não resolve, na verdade até piora. Manter e retirar os dejetos de um turno ou dia todo de uma ilha (estou falando da ilha do Amor – Alter do Chão) parece não ser algo fácil, logisticamente falando. De fato, a manutenção de um banheiro público é complicada.
Uma boa opção é parceria entre as barracas da ilha e a Prefeitura Municipal. As barracas poderiam manter o ordenamento e limpeza do lugar e a prefeitura ficaria responsável pelo material de limpeza e retirada dos dejetos do dia. Mas como retirar os dejetos se os caminhões “limpa-fossa” não chegam lá? Usar longas mangueiras sugadoras? Ou seria melhor colocar todos os banheiros em uma balsa com tanques químicos de eliminação de dejetos? Não seria melhor terceirizar todo serviço? Depende do ponto de vista. Nesses tempos de “pindaíba” de recursos não parece ser a melhor solução.
Enfim, é preciso fazer alguma coisa, urgente, pelo meio ambiente, pelo turismo e principalmente pela saúde da população santarena e de quem nos visita.
OS: Essa semana mantive contato com dois vereadores para colocar o problema ( um do partido o qual sou filiado e outro também médico). Espero que ambos tomem medidas para tentar resolver o problema
Bruno Moura
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