sábado, 27 de fevereiro de 2010

Incompetência máxima


É inacreditável o que acontece em Santarém. Em frente à cidade, dois enormes rios encontram-se e mandam o recado que nesta cidade nunca deveria faltar água nas residências de seus habitantes. Mas os incompetentes desafiam a natureza, o bom senso e a paciência da população. Os incompetentes definitivamente não conseguem colocar a água abundante nas torneiras. Deve ser a complexidade do processo, algo novo, algo que envolva tecnologia desenvolvida ontem.
Há alguns dias milhares de pessoas estão sem água na cidade, dependendo de favores de vizinhos que têm poço artesiano em suas residências ou dos pré históricos Carros Pipas. Em pleno 2010 a segunda (será ainda?) maior cidade do Pará depende do abastecimento de água através de carros pipas. Acreditam? Se não acreditam é só olhar esta foto, tirada agora há pouco, no centro da cidade, em uma tarde de sábado, quando as pessoas deveriam estar descansando e não preocupadas em como ter água em casa. O custo do "abastecimento": R$ 20,00 por abastecida.
Culpa de quem? Da Cosanpa, detentora da concessão pública para o abastecimento de água na cidade. Da prefeitura, que concedeu (em contrato já vencido) o poder à Cosanpa. Da Câmara dos Vereadores que deveria ser mais enérgica em cobrar da prefeitura e da Cosanpa solução para o problema; do Ministério Público Estadual que não age exigindo solução imediata. Da sociedade em geral, que deveria ser mais crítica e cobrar de forma mais firme ( mas não violenta) o básico direito de ter água em casa.
Possivelmente a população ainda sofrerá com o problema por alguns meses. Possivelmente até vesperas das eleições 2010, afinal em tempo de eleição tudo se resolve.
Falta de água em Santarém: maior incompetência impossível.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E AGORA PAJU?

Deu no Blog do Dudu Dourado

O PV no Pará confirmou essa semana o apoio à reeleição da governadora Ana Júlia (PT). Há 4 anos, num cenário em que o PSDB estava no comando do estado, os verdes, sob o comando de José Carlos Lima, tomaram a mesma decisão. Ou seja, embarcaram na canoa do governo de plantão. Mais coerência, impossível. (Fonte: Jeso Carneiro). Bando de cagão esse pessoal do PV, e agora Podalyro? Deves está doido para mandar esse pessoal pra aquele lugar não? Não adianta negar, eu sei que queres. Nós também.

Fonte:www.dududourado.blogspot.com

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

PV apoiará reeleição de Ana Júlia

No blog do Zé Carlos Lima, presidente do PV -PA 
Uma comissão, formada pelos deputados Gabriel Guerreiro, Deley Santos; vereadores Nonato Filgueiras, Orlando Reis; o secretário municipal de meio ambiente Sebastião Oliveira; o presidente do Diretório Municipal de Belém Celso Botelho; o presidente da UGT, Zé Francisco; foi recebida em audiência pela Governadora Ana Júlia Carepa onde foi consolidado o apoio do Partido a sua reeleição.
Na ocasião, debatemos questões ambientais e de estratégias de desenvolvimento para o Pará, adicionando as teses de sustentabilidade. O PV apresentou um relatório de sua atuação no Estado, município a município e deixou claro sua estratégia de ter um palanque para a candidata presidente Marina Silva, dobrar sua bancada estadual e eleger o primeiro deputado federal ambientalista dos verdes da Amazônia.
A Governadora empenhou seu apoio as estratégias do Partido Verde, que passará a ser um parceiro no processo eleitoral e no segundo mandato. Daqui pra frente estaremos juntos na agenda, no palanque e na coordenação de campanha rumo ao segundo mandato." 

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Educação: o que pensa Marina Silva

No blog da Marina Silva (www.minhamarina.org.br)

"Difícil falar de uma ou duas soluções que resolveriam todo o nosso problema (educação). Aqui vão cinco itens a serem implementados agora que conseguimos praticamente universalizar o Ensino Fundamental.
1) Os resultados das últimas avaliações do ensino mostram que nem 30% dos alunos  têm desempenho adequado em português e matemática, tanto na quarta série, como na oitava e ensino médio. Queremos que todas as crianças e jovens aprendam todos os conteúdos, valores e habilidades necessários.
2) Precisamos que a formação inicial do professor esteja mais conectada com a realidade da sala de aula. O professor deve ter uma formação continuada consistente para estar atualizado em termos de conteúdo e, ao mesmo tempo, satisfeito nos aspectos de carreira e salário.Precisamos cuidar para que a lei vigente seja cumprida, para tornar a profissão mais respeitada e atrair novamente bons profissionais.
3) Dados de organismos internacionais como o Cepal apontam para a necessidade de 12 anos de escolaridade para o indivíduo sair de um estado de pobreza, ou seja, a conclusão do ensino médio. Hoje apenas 61% dos alunos concluem o Ensino Fundamental e 44% o Ensino Médio. É preciso criar condições para que todos os alunos concluam essas etapas na idade correta, sem repetência, para que possam participar da vida do país de forma digna e produtiva.
4) Existe uma grande demanda dos jovens que se dizem desinteressados pela escola e que procuram por cursos técnicos e profissionalizantes. Não se trata de abrir mão de uma visão mais ampla, humana e cultural, mas de promover uma atualização dos currículos em seus aspectos culturais e nos relacionados ao mundo do trabalho.
5) O brasileiro tem direito a ir para a escola dos 4 aos 17 anos. Estudos nacionais e internacionais demonstram a importância da educação infantil como forma de melhorar o aprendizado nas séries iniciais. Precisamos, então, garantir que a lei seja cumprida e que as crianças possam ingressar na escola já aos 4 anos.
Estes pontos foram elaborados com a ajuda da socióloga Neca Setubal, presidente do Cenpec, uma das ONGs mais respeitadas do país em educação."

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Santarém-Cuiabá esquecida de novo!!

Mesmo com governo municipal, estadual e federal do mesmo partido, não se consegue concretizar uma obra que poderia alavancar definitivamente a economia de Santarém e região. Na segunda etapa do PAC II a rodovia Santarém Cuiabá foi novamente esquecida. Repetimos: novamente esquecida! Leiam:

"A segunda versão do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2) está em fase final de ajustes no governo e deverá conter investimentos planejados para até 2020. Entre seus principais destaques estarão projetos do setor de transportes, principalmente hidrovias e ferrovias, para apoiar a produção agropecuária e industrial. O Valor teve acesso ao projeto mais avançado de investimentos que deverão ser feitos para expandir a malha ferroviária dos atuais 29 mil quilômetros para 40 mil km até 2020. Desse total, 35 mil km já deverão estar prontos em 2015.
Essas projeções incluem também projetos previstos, e não realizados, no primeiro PAC, que deverão ser acelerados para que as licitações sejam feitas ainda neste ano. O orçamento total de ferrovias no PAC 2 ainda não está delimitado, mas, se considerado o preço médio de US$ 1 milhão por quilômetro de ferrovia, até 2020 seriam US$ 11 bilhões investidos, ou quase R$ 21 bilhões.
O projeto prevê uma interligação entre os principais ramais do país e, destes, com os diferentes portos. Além dos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), onde chegará a Nova Transnordestina até 2012, haverá também ligações para o porto de Barcarena (PA), pela Norte-Sul, e até o porto de Rio Grande (RS), pela Ferrosul. A expansão da Ferrosul é uma das principais novidades do PAC 2.
As novas ferrovias deverão ser feitas em bitola larga. Onde houver ligação com ramais de bitola estreita, serão feitas três linhas sobre os trilhos, de forma que, pela mesma infraestrutura, possam circular tanto locomotivas e vagões de bitola larga, quanto de estreita, para otimizar o uso da malha. Exemplo desse uso deverá ser adotado no corredor Ferrosul, de Panorama (SP) até o porto do Rio Grande, passando por Guarapuava (PR).
Também há previsão para execução da ferrovia de Dionísio Cerqueira (SC) ao porto de Itajaí (SC), passando por Chapecó. O projeto é conhecido como Ferrovia do Frango, por causa da produção granjeira, que se estende de leste a oeste do Estado. Por Itajaí, perpendicularmente à linha do Frango, passará a Ferrovia Litorânea, que contornará a costa de Santa Catarina, entre Araquari e Imbituba. Em Chapecó, haverá a conexão entre a Ferrovia do Frango e a Ferrosul.
Na região Sul, o PAC 2 prevê também uma nova linha que chegará ao porto de Paranaguá partindo de Guarapuava. Seria uma segunda descida para o porto, com o objetivo de desafogar a já existente. Com a maior interconexão entre as ferrovias nacionais, prevê-se fluxo mais intenso nos entroncamentos que chegam aos portos.
O desenho das ferrovias no novo programa traz também uma linha de bitola larga entre Ipatinga (MG) e Uruaçu (GO), passando por Brasília, de onde sai um ramal em direção a Anápolis (GO). Em Ipatinga, a linha conecta-se aos trilhos da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM) e, em Anápolis e Uruaçu, conecta-se à Norte-Sul. Será um acesso mais rápido para exportar a produção de grãos do Centro-Oeste, principalmente soja, pelo porto de Tubarão (ES). Em Uruaçu chegará também uma nova linha que parte de Vilhena (RO) e passa por Sorriso (MT), outra região de produção agrícola.
O PAC 2, porém, deverá deixar para um segundo momento algumas das grandes obras projetadas para o sistema ferroviário. O corredor Bioceânico, que sairá de Rondonópolis, passando por Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) até a fronteira da Bolívia, onde chegaria até o Pacífico, não deverá ter prazos específicos na nova edição do programa. Também a linha que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA) e a expansão da Ferroeste até Foz do Iguaçu (PR) ficariam sem previsão.
Até a definição final do PAC 2, ainda discutido na Casa Civil e ministérios, há probabilidade maior de que obras incluídas sejam retiradas do que as desconsideradas sejam inseridas, segundo pessoa próxima às discussões.
O planejamento do PAC 2, de chegar a 40 mil km de linhas férreas em 2020 deverá colocar o sistema logístico brasileiro em nível mais próximo do de outros países de dimensões continentais. Hoje, os EUA têm cerca de 280 mil km de ferrovias e a China tem 86 mil km. A China, porém, tem em curso um plano para expandir a malha para 125 mil km até 2015.
O crescimento da malha ferroviária brasileira poderá vir acompanhado por um novo modelo para o setor, que se assemelharia ao rodoviário. Nesse plano, concebido na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e no Ministério dos Transportes, os concessionários da infraestrutura dos novos trilhos não terão direito à exclusividade sobre os vagões e locomotivas que circularem sobre eles. Pelo modelo considerado, uma empresa poderia trazer seu comboio de determinada região para desembarcar em qualquer porto onde os trilhos possam levá-la, pagando direitos de passagem aos concessionários das linhas. Dessa forma, seria estimulada a concorrência entre os concessionários dos trilhos e também entre os porto, como ocorre na Espanha."

Fonte: Valor econômico, Portal No Tapajós

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CIRURGIAS DE ALTA TECNOLOGIA EM ÁREA INDÍGENA REMOTA

Woi Zoé em preparo pré-anestésico


Enes, Marcelo, Fábio, Erik e Paulo

Siô, Kenan, Tatitô e Woi Zoé no dia seguinte as cirurgias.

Nos dias 14 e 15 de janeiro 2010 foram realizadas na TERRA INDÍGENA ZO’É, situada no noroeste do Estado do Pará em área florestal remota, cirurgias por VIDEOLAPAROSCOPIA, de alta complexidade e tecnologia de ponta, entre indígenas da etnia ZO’É, de recente contato e atendidos pela CGIIRC-Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato, da FUNAI.


A cirurgia, denominada colecistectomia, consiste na solução cirúrgica do que popularmente é conhecido como “pedras na vesícula”; em Medicina colecistopatia litiásica. Há uma referência mundial de maior incidência desta patologia no quadro conhecido como “os 4 F”: Female (mulheres), Fatty (“gordinhas”), Forty ( na faixa dos 40 anos) e Fertility (férteis, multíparas). Entre os Zo’é, povo indígena contatado na década de 80, suspeita-se que sua dieta alimentar tradicional, rica em gordura animal (oriunda da caça) e com ingestão maciça de castanha-da-amazônia (Bertolletia excelsa) favoreça a propensão feminina à colelitíase, inclusive em mulheres multíparas mais jovens. A doença, quando agravada, pode levar a óbito pela infecção na vesícula biliar ou obstrução da via biliar principal.

O evento cirúrgico, inédito em área indígena e em localização remota na Amazônia, foi resultado do empenho coletivo e voluntário de um grupo de médicos especializados, apoiados pela Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema-CGII-FUNAI, Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, Hospital Municipal Santa Izabel, de João Pessoa (PB), Hospital Universitário da UFPB e FUNASA/DSEI-Santarém.

A necessidade cirúrgica foi inicialmente diagnosticada pelo Dr..Erik Jennings Simões (coordenador em Saúde da Frente Cuminapanema pelo DSEI-STM) com a colaboração voluntária dos Drs.Alan Soares e Bruno Moura, médicos radiologistas do Hospital Regional do Oeste do Pará (Santarém), que realizaram ultrassonografias com equipamento portátil na própria área indígena, constatando a colelitíase com indicação cirúrgica em 04 mulheres Zo’é. Posteriormente, a articulação do Dr.Fábio Tozzi, cirurgião do PSA-Projeto Saúde e Alegria, de Santarém, e médico colaborador junto aos Zo’é, atraiu a participação voluntária do cirurgião Marcelo Averbach e do médico anestesista Enis Donizetti Silva, ambos do Hospital Sírio-Libanês (SP), instituição que apoiou decisivamente a iniciativa cedendo o videolaparoscópio e todo o aparato tecnológico para adaptar o Centro de Saúde da Terra Indígena Zo’é para a realização desta cirurgia de alta complexidade, e do cirurgião Paulo Haiek, do Hospital Universitário da UFPB e Hospital Santa Izabel. Os hospitais da Paraíba cederam parte dos materiais necessários aos procedimentos, e para disponibilizarem tais materiais ao evento suspenderam durante a semana as cirurgias similares não-urgentes em sua programação interna. Em área, os cirurgiões receberam integral apoio técnico e linguístico da enfermeira Suely de Brito Pinto, da Frente Cuminapanema.

A colecistectomia por videolaparascopia é uma técnica que revolucionou as cirurgias intra-abdominais a partir dos anos 90. Exige tecnologia em equipamentos e técnica cirúrgica altamente especializada, pois os procedimentos são realizados sem contato manual direto. Pequenos tubos são inseridos na cavidade abdominal e através deles são introduzidos uma microcâmara com fonte de luz e pinças específicas para este método. As pinças são operadas a partir da visualização através de um monitor de vídeo. O procedimento é minimamente invasivo, pois a introdução das pinças é feita a partir de 4 incisões mínimas (de 5 a 10mm). Permite um pós-operatório com pronto restabelecimento e menor incidência de dor, possibilitando liberação dos pacientes em menos de 24 horas. Técnicas e substâncias anestésicas igualmente avançadas permitiram às pacientes Zo’é saírem do evento cirúrgico em excelente estado geral e sem queixas de tonturas ou dores e, sem riscos pós-cirúrgicos, em pouco tempo retornarem às aldeias e retomarem suas atividades usuais.

Os Zo’é ficaram conhecidos na mídia no final dos anos 80 como um dos últimos povos Tupí contatados na Amazônia. Tiveram graves perdas demográficas no período inicial pós-contato, e seu atendimento foi assumido exclusivamente pelo então Departamento de Índios Isolados, da FUNAI (atualmente, CGIIRC) apenas em 1991. Desde então, o aporte maciço em saúde, tanto no atendimento quanto na infraestrutura clínica no interior da área indígena, permitiu a segura recuperação demográfica e estabilização do quadro de saúde. Concomitantemente, um incisivo trabalho de reforço à identidade cultural e autonomia econômica em seus próprios padrões de autosustentação no ecossistema de Floresta Tropical Úmida, no qual este povo está harmoniosamente inserto, têm possibilitado aos Zo’é romperem o século XXI como um dos povos de recente contato com melhores índices de saúde integral e excelente patamar de qualidade de vida, sem comprometer seu ethos tribal. Atualmente, a população Zo’é constitui-se de 251 pessoas; são assistidos pela Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema (CGIIRC-FUNAI), coordenada há mais de dez anos pelo indigenista João Lobato.

         Nota: Texto revisado por João Lobato e Rosa Cartagenes e aprovado pela CGIIRC-Funai

Ponta de vento e beleza!!!

Kite cortando a Ponta do Icuxi no rio Arapiuns. Lugar de beleza impar, pouco conhecido; lugar de descansar; lugar de velejar. 
                                                Foto: Podalyro Neto

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval do Paju

O grupo Paju e alguns amigos passam o fim de semana longe da agitação. Arapiuns é o destino. Novas atualizações somente semana que vem.
Bom carnaval a todos. Bebam com moderação e divirtam-se com responsabilidade!!

Belo Monte: o que pensa Marina Silva


O Ibama concedeu a licença prévia para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Trata-se de um projeto muito polêmico, localizado no rio Xingu, no Pará, próximo ao município de Altamira, numa região conhecida como Volta Grande do Xingu. O nome deve-se ao desenho do rio que, visto de cima, assemelha-se a uma “ferradura”.
Por meio de barragens, as águas do rio serão desviadas para um canal que unirá as pontas mais próximas dessa “ferradura”. Ao final desse canal, as águas passarão pelas turbinas antes de retornarem ao seu curso normal.
Como tudo na Amazônia, os números que envolvem a obra são gigantescos. A quantidade de terra e pedra que será retirada na escavação do canal – cerca de 210 milhões de m³ – é um pouco menor da que foi removida na construção do Canal do Panamá. E ainda nem se definiu qual a destinação desse material.
Pelo leito do rio Xingu passa uma vazão de 23.000 m³/s de água no período de cheia. Um volume correspondente a quatro vezes a vazão, também nos períodos de cheia, das Cataratas do Iguaçu.
Os impactos socioambientais também terão essa mesma ordem de grandeza. E ainda não foram concluídos. Só sobre a fauna, segundo dados coletados durante o Estudo de Impacto Ambiental, podemos ter uma idéia. Na área existem 440 espécies de aves (algumas ameaçadas de extinção, como a arara-azul), 259 espécies de mamíferos (40 de porte médio ou grande), 174 de répteis e 387 de peixes.
Apenas a eficiência energética da usina não será tão grande. Uma obra colossal que custará certamente mais de R$ 30 bilhões – se somados todos os gastos, como o custo e a extensão da linha de transmissão, por exemplo – terá uma capacidade instalada de gerar, em média, 4.428 MW, em razão do que poderá ser suportado pelo regime hídrico do rio, nesta configuração do projeto. E não os 11.223 MW que estão sendo equivocadamente anunciados.
A energia média efetiva entregue ao sistema de distribuição será de 39% da capacidade máxima de geração, enquanto a recomendação técnica indica que essa eficiência seja de pelo menos 55%.
Para que Belo Monte possa apresentar um grau de eficiência energética compatível com as recomendações técnicas, seria necessária a construção de outras três hidrelétricas na bacia do rio Xingu, que teriam a função de regularizar a vazão do rio. Por ora, a construção dessas usinas foi descartada pelo governo porque estão projetadas para o coração da bacia, onde 40% das terras pertencem aos indígenas.
No entanto, a insistência em manter o projeto nessa dimensão (apesar de haver alternativa de barragem com quase metade da capacidade instalada e perda de pouco mais de 15% na potência média gerada) provoca forte desconfiança, tanto dos analistas como das comunidades e dos movimentos sociais envolvidos, de que a desistência de construir as outras três hidrelétricas seja apenas temporária.
A população indígena – são mais de 28 etnias naquela região – ficará prensada entre as cabeceiras dos rios que formam a bacia, hoje em processo acelerado de exploração econômica e com alto nível de desmatamento acumulado. E a barragem, além de interromper o fluxo migratório de várias espécies, vai alterar as características de vazão do rio.
É incrível que um empreendimento com esse nível de interferência em ambientes sensíveis seja idealizado sem um planejamento adequado quanto ao uso e à ocupação do território.
A solução de problemas dessa dimensão não pode ser delegada exclusivamente a uma empresa com interesse específico na exploração do potencial hidrelétrico, com todas as limitações conhecidas do processo de licenciamento.
Com a obra, são esperadas mais de 100 mil pessoas na região. Não há como dar conta do adensamento populacional que será provocado no meio da floresta amazônica, sem um planejamento para essa ocupação e um melhor ordenamento do território. Isso só pode ser alcançado através da elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável na região de abrangência da obra.
Essa foi uma grande omissão nesse processo, mas não a única. Não temos como deixar de indagar se não há outros aproveitamentos hidrelétricos que seriam mais recomendados, sob o ponto de vista dos impactos ambientais ou da eficiência energética.
No entanto, não há projetos com estudo de viabilidade técnica e econômica prontos para serem submetidos ao licenciamento ambiental. Apesar de o diagnóstico ser conhecido desde 2003, apenas em meados do ano passado foram finalizadas as primeiras revisões de inventário de bacia hidrográfica, como a do Tapajós.
Com isso, projetos polêmicos e com grandes impactos têm que ser analisados em prazos muitas vezes incompatíveis com o grau de rigor que deveriam ter, numa clara demonstração de como, muitas vezes, os ativos ambientais são afetados pela falta de planejamento de outros setores de governo.
Porém, nada foi mais afetado do que nosso compromisso ético frente à responsabilidade com o futuro de povos e culturas. Não foram sequer feitos estudos sobre os impactos que os povos indígenas terão. Só para exemplificar, o que significará para eles ter a vazão reduzida significativamente num trecho de 100km em função do desvio das águas para o canal? O plano de condicionantes tampouco menciona a regularização de duas Terras Indígenas (Parakanã e Arara), já bastante ameaçadas.
Estas e outras comunidades indígenas manifestam inconformidade por não terem sido ouvidas adequadamente, segundo os preceitos da Resolução 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, mas nunca implementada para valer.
O Brasil possui um importante potencial de geração de energia hidrelétrica a ser desenvolvido. Mas as dificuldades em retomar o planejamento do setor na velocidade que possibilite escolhas e uma análise segura por parte do setor ambiental, somada à indisposição em discutir uma proposta de desenvolvimento sustentável para as obras de infraestrutura localizadas na Amazônia, à percepção de que o governo não faz o suficiente para melhorar a eficiência energética do sistema (não só na geração) e para desenvolver as energias alternativas, acaba por produzir conflitos agudos e processos equivocados, que poderiam ser evitados.
Apesar dos discursos em contrário, ainda estamos operando no padrão antigo, que considera o meio ambiente como entrave ao desenvolvimento. Temos ainda um longo dever de casa a ser feito para ingressarmos definitivamente no século 21. Quem pensa que a história relatada no filme Avatar só pode ocorrer em outro planeta, engana-se: Pandora também pode ser aqui.

Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente.

Publicado originalmente no Terra Magazine

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Belo Monte: precisamos debater

Sem dúvida precisamos urgentemente conhecer mais e debater mais a criação da hidrelétrica de Belo Monte. Gostaríamos da participação dos amigos que visitam o blog. Vejam o que escreveu Oswaldo Sevá, profundo estudioso de hidrelétricas, no blog do Espaço Aberto:

“Iluminados” licenciam destruição do Xingu

OSWALDO SEVÁ

O deputado Carlos Minc (PT), antes de ser Ministro do Meio Ambiente, foi Secretário Estadual do mesmo assunto e teve a oportunidade de salvar a “Cidade Maravilhosa” - Rio de Janeiro - de se tornar um lugar ainda mais poluído e sujeito a riscos de saúde devido ao material particulado de origem industrial. Mas ignorou as medições dos poluentes atmosféricos que mostravam o ar mais envenenado de todo o pais em vários pontos da Região metropolitana do Rio de Janeiro; concedeu sem mais delongas as Licenças Ambientais para a Petrobrás e seus sócios construírem, ao lado de dois raros rios ainda limpos que desembocam na Baia de Guanabara, um dos maiores pólos petroquímicos do Mundo, o Comperj. E no lado oposto da cidade, deu licença para a Vale e os alemães da Thyssen Krupp construírem, na beira da Baia de Sepetiba, uma das maiores siderúrgicas do Mundo.
O presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Messias Franco, homem de confiança dos grandes poluidores de Minas Gerais , onde fez sua brilhante carreira de ambientalista, assumiu o cargo em 2008, para desbloquear as licenças ambientais dos grandes projetos do capital internacional, na Amazônia. Assim fez, dando sinal verde para barrar o maior afluente do rio Amazonas, o rio Madeira, em Rondônia; e agora em fevereiro de 2010, ambos os iluminados dirigentes abriram oficialmente o caminho para barrar, destruir e secar um dos maiores e mais esplendidos monumentos fluviais do Mundo, a Volta Grande do rio Xingu, no Pará, concedendo a Licença Previa para o mal afamado projeto da usina Belo Monte.
Aquilo que o ministro esconde com a ajuda da grande mídia, é uma obra que não se compara a nenhuma outra hidrelétrica jamais construída no país, com quatro grandes barragens, duas usinas com turbo - geradores, uma represa no Xingu e cinco pequenas represas em terra firme na região da Rodovia Transamazônica, dezenas de km de diques para evitar o extravazamento da água represada, mais de 50.000 hectares alagados, outro tanto destruídos pelos canteiros de obras, retirada de material rochoso, escavações de largos e longos canais, estradas e outras construções. Mais de vinte mil pessoas serão expulsas de suas moradias, a maioria delas nos bairros de Altamira, cidade que se tornará outra São Paulo, bem menor claro, mas cercada pelo seu próprio esgoto jogado nos vários igarapés que a cruzam antes de desaguar no Xingu, e com inundações cada vez mais calamitosas e putrefatas.
A Licença Prévia (LP) foi concedida à empresa federal de eletricidade Eletrobrás, apesar do Estudo de Impacto ter sido elaborado em conjunto com as multinacionais brasileiras Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez. Só que as empresas que seriam escolhidas para de fato construir e operar a usina, ainda não são conhecidas. Nem mesmo a Eletrobrás poderá ser a sócia principal de qualquer consórcio empresarial que venha a ser formado, pois o governo Lula a proibiu de ser majoritária; talvez nem esteja presente na composição acionária, talvez alguma de suas subsidiárias - Furnas ou Chesf - seja minoritária. Portanto, os capitais privados internacionais ou mesmo de origem nacional que “ganharem” a licitação – pra quem nisso acredita – estarão desoneradas de qualquer obrigação ambiental.
No próprio verbete de 11 linhas que informa na LP o escopo da obra licenciada, os iluminados cometeram um ato falho, reconhecendo o que sempre foi escamoteado: que no trecho abaixo da barragem Pimental, o Xingu terá uma vazão d’ água “residual”. A água que sobrar, o resto após o volume principal ter sido desviado para as turbinas a 100 km dali. E reafirmaram uma mentira: de que somente dois municípios - Vitoria do Xingu e Brasil Novo - seriam atingidos pelas conseqüências diretas da obra. Negam que os municípios de Senador Porfírio e Anapu, na outra margem da Volta Grande do Xingu sejam prejudicados.
A licença foi concedida para (i) os quatro canteiros de obras das quatro barragens, (ii) as Linhas elétricas de alta voltagem para alimentar esses canteiros, (iii) as Linhas de Transmissão das duas usinas até as Subestações já existentes da Eletronorte e que permitiriam ligá-las ao sistema brasileiro interligado, (iv) as jazidas de retirada de rochas, areia e terra para as obras e (v) as rodovias de serviço pesado que ligariam os quatro canteiros de obras à Rodovia Transamazônica – que nesse trecho ainda não é hoje asfaltada.
Da LP é constam, também, as exigências a serem cumpridas antes da emissão da Licença de Instalação (LI). Nesse caso, estão no anexo de oito paginas, quarenta sub-itens, dos quais seis mencionam os planos para salvar, monitorar e reproduzir as tartarugas, e nenhum faz referência às 20 mil pessoas a serem expulsas!
Na condicionante 2.32, o Ibama abre mão de licenciar os alojamentos de trabalhadores, os sistemas de água, esgoto, drenagem e aterros de lixo correspondentes, todas as demais estradas inclusive as que deveriam ser remanejadas, novos portos necessários para a obra. Os federais deixam para órgãos municipais e estaduais essa responsabilidade, o que, em se tratando de Altamira e do Pará, significa a garantia de licenciar qualquer coisa, de qualquer tamanho em qualquer lugar. Esse item cita no meio dessas “sobras” a licenciar, os “reassentamentos” – que não têm qualquer previsão nem planejamento no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), nem qualquer compromisso de que os mais de vinte mil cidadãos seriam reassentados. Foram expulsos? Que se virem!
Na condicionante 2.28, exige-se que o Incra e o Instituto de Terras do Pará se manifestem sobre os “assentamentos a serem atingidos”, ou seja, que digam algo sobre os colonos que anos antes batalharam e receberam desses órgãos fundiários os seus lotes e que agora devem sair. Quem sabe eles receberão o mesmo tratamento que as grandes empresas estão dando aos atingidos na usina de Estreito (divisa TO-MA): nenhum! ...que deixem de ser colonos e se virem! O dinheiro público, do BNDES, que financia quase tudo, não serve para reassentar colonos que já estão assentados.
Uma grande novidade é a “democracia racial”: de tanto os críticos insistirem que milhares de indígenas moram na região, fora de Terras Indígenas delimitadas, em bairros de Altamira e nas barrancas do Xingu - o Ibama acabou exigindo no item 2.19, que sejam feitos programas mitigatórios e compensatórios para essas famílias, “considerando a especificidade da questão indígena, sem no entanto gerar diferenciação de tratamento no âmbito da população da Área diretamente afetada e da Área de Influencia direta”. Não ouviram nem consultaram ninguém efetivamente, então não teria porque consultar os índios! Não têm compromisso de reassentar ninguém, nem os índios! Todos têm que ser desrespeitados da mesma forma e empobrecer também! Nem o aristocrata pernambucano Gilberto Freyre imaginou tanta igualdade de “direitos” nesse pais de população miscigenada e pacifica, como ele escrevia.
Alguns itens da LP são mirabolantes, exigem que seja mantida a qualidade da água nas represas – coisa que raras prefeituras e governos estaduais fazem hoje nos rios, represas e litorais brasileiros; e que seja resolvida de alguma maneira a “transposição das embarcações na barragem Pimental”. Os iluminados supõem naturalmente que as voadeiras de oito a doze passageiros e os pequenos batelões de uma ou duas toneladas que ali trafegam diariamente possam ser versáteis a ponto de vencer os obstáculos criados pela vazão “residual” em meio aos pedrais e ilhas abaixo da barragem, depois serem guinchados gratuitamente por alguma grua e enfim navegarem numa grande represa com ondas e ventos fortes, chegando sãos e salvos em Altamira no mesmo dia!
Dois itens da LP certamente agradaram algumas ONGs conservacionistas: o 2.24, prevendo a criação de três novas Unidades de Conservação Ambiental: uma tipo APA (em geral totalmente fictícia em termos de proteção, pelo Brasil afora) para as tartarugas no trecho seco da Volta Grande, outra “de Preservação permanente” numa área a escolher, que tenha cavernas importantes – cuja existência sempre foi rechaçada no EIA ; e outra, “de Uso sustentável” para conservar o ambiente dos pedrais rio acima até a foz do maior afluente do Xingu,o rio Iriri – exatamente a área prevista para a próxima destruição hidrelétrica, a usina Babaquara, agora chamada “usina Altamira”, para agradar aos políticos e comerciantes da cidade.
E a condicionante 2.38 que exige a instalação de duas bases de fiscalização ambiental, flutuantes e dá detalhes arquitetônicos de como elas devem ser completamente equipadas. Quem sabe tais bases servirão para fazer o mesmo que fazem as lanchas e camionetes adquiridas pelas empresas para o Ibama (a tal compensação ambiental...) nas vizinhanças das obras do rio Madeira, em Rondônia: policiar e intimidar os pobres moradores ribeirinhos que insistem em continuar pescando e plantando mandioca e feijão para sua sobrevivência.
O ministro Minc e o presidente do Ibama gostaram mesmo, foi de anunciar o “preço” da licença que, segundo eles, chegaria a 1,5 bilhão de Reais, mais de 10% do valor total do investimento que o governo está anunciando – menos da metade do valor de investimento que empresários e estudiosos calculam. Nesse caso, o ministro nem esperou que a Eletrobrás, dona da licença, fizesse a conta direito e apresentasse “o Valor de Referência - VR para fins de Compensação Ambiental e as informações necessárias ao cálculo do grau de Impacto – GI conforme o Decreto 6.848, de 14.05.2009.”
Não sabemos se o Messias Franco, do Ibama, também pretenderia concorrer a cargos eletivos e precisaria de fundos para a campanha, mas o ministro Minc certamente sim, pois vai se desincompatibilizar ainda este mês. Para mim e todos os que ajudaram o projeto de Belo Monte a morrer duas vezes e ainda batalhamos para que o rio Xingu e seus moradores sejam salvos da destruição e da pobreza, e para que o dinheiro público seja salvo da maior expropriação já inventada – esse deputado dos coletes coloridos não merece em 2010 ser eleito nem síndico de prédio no Rio de Janeiro.

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OSWALDO SEVÁ é estudioso de hidrelétricas há 35 anos e do projeto Belo Monte há 22 anos

Energia sustentável: o que pensa Marina


A geração de energia a médio e longo prazo depende da realização de um planejamento energético. Isso significa pôr em prática uma série de ações como:
- Estimular ações do Proinfa, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, para desenvolver outras fontes de energia que temos grande potencial, como eólica e biomassa.
- Agilizar os trabalho de revisão de inventário de aproveitamentos hídricos e de avaliação integrada de bacia para dispor de maior número de projetos que sejam viáveis tecnicamente para o licenciamento.
- Implantar programas de melhoria de eficiência do sistema para reduzir as perdas de energia, que são muito altas, desde a geração, até a transmissão e distribuição.
- É preciso também incentivar as pessoas e as empresas a economizarem energia, usando os meios de comunicação e a estrutura de educação formal e informal.
- Dar cada vez mais força para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para que ela possa antecipar projetos e um olhar sobre a matriz energética brasileira, tendo como referencia o potencial que o país tem e o crescimento que queremos ter.
É a partir dessas combinações que se deriva uma política energética de médio e longo prazo.
O termo geral é pensar uma matriz energética limpa e diversificada. Devemos evitar ao máximo usar as fontes não renováveis como é o caso do diesel, carvão e gás. Investir em fontes diversificadas de energia, por sua vez, evita a depêndencia de uma única fonte.
Se dependermos só da hidreletricidade, por exemplo, com o agravamento dos fenômenos de mudanças climáticas, poderemos sofrer graves consequências se houver secas e os reservatórios baixarem.
fonte: blog da Marina Silva (www.minhamarina.org.br)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

São Raimundo vence Botafogo pela Copa do Brasil

O time de baixinhos do São Raimundo infernizou o time dos gigantes (só na altura) do Botafogo. Jogando um segundo tempo perfeito o Pantera santareno leva uma boa vantagem para o jogo de volta, dia 24, no Rio de Janeiro. O gol do Pantera aconteceu no segundo tempo, curiosamente em uma cabeçada do atacante Branco.
Os destaques do Pantera foram Labilá, que fechou o gol mais uma vez e o meia Michel, com sua velocidade e habilidade. A torcida do São Raimundo também foi destaque, comparecendo em bom número ao Colosso do Tapajós (mais de 14 mil pessoas).
Decepcionante mesmo foi o time do Botafogo. Time muito fraco e sem nenhum jogador que fizesse a diferença. 
Parabéns Pantera, agora é só se preparar para o jogo de volta!!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Perguntas ao IBAMA, SEMMA E SEMA

Depois de ser desocupado o terreno localizado na rodovia Fernando Guilhon, algumas perguntas devem ser feitas aos órgãos executores das políticas públicas de meio ambiente:

1- Os invasores serão processados pelos crimes cometidos contra a fauna?

2- Os invasores serão processados pelos crimes cometidos contra a flora?

3- Terão os órgãos ambientais, comprometimento e coragem de cumprir a lei de crimes ambientais?

4- Os invasores serão responsabilizados pelas agressões àquele ambiente frágil?

5- O princípio do "poluidor/pagador" será aplicado  aos criminosos que invadiram, desmataram, atearam fogo e mataram animais silvestres na respectiva invasão?

Esperamos que atitudes responsáveis por parte dos órgãos ambientais aconteçam. Alias responsabilidade é coisa que pouco se vê quando o assunto é meio ambiente.

Nem Dilma, Nem Serra !!


Do advogado Luiz Ismaelino Valente, residente em Belém. 
Nem o Serra é o FHC, nem a Dilma é o Lula. Em busca de “popularidade”, ambos se fantasiam até de mascarado-fobó. Uma se diz “ex-terrorista”, o outro “ex-exilado”. São farinha do mesmo saco, como o Lula e o FHC. Aqueles e estes repetem o mesmo lero-lero ideológico do século passado que nem o velho Marx aguenta mais. Esse bloco carnavalesco eu já cansei de ver.
E sei que tudo se acaba em cinzas, na quarta-feira, por absoluta falta de seriedade. Comparações “burocráticas” e “tiberianas” ninguém merece: me dão mais “azia” do que ao Lula quando lê jornais. Para votar em outubro de 2010, eu quero é algo novo, diferente de “tudo isso que está por aí”.
Por exemplo, a Marina Silva, com toda a força da sua honesta fragilidade. Marina não desonrou seu sobrenome, tão comum no País, aliando-se aos maiores crápulas da política brasieira. Marina não foi o Judas da própria Marina. E, sem render-se à preguiça do analfabetismo, não hesitou em estudar, instruir-se, preparar-se para presidir o Brasil.
Por isso, ela tem um discurso deveras articulado, sem metáforas futebolísticas, baixo calão ou perdão aos patifes. A sua história de vida é verdadeira e não “romanceada”, tipo água-com-açúcar ou chororô, por filme pastelão e fiasco de bilheteria custeado pelos dólares barretianos que megaempresas arracaram, com pés-de-cabra dos cofres governamentais.
Marina era a única célula sadia no organismo governamental do lulo-petismo. Por isso, o câncer da corrupção tratou de expulsá-la, para não atrasar o cronograma da degenaração. Marina é, sem sombra de dúvida, única coisa realmente nova e boa que a gente vislumbra, hoje em dia, no horizonte nublado da política brasileira.
Que venha Marina, ou algo ainda melhor. “Menina morena, vem ver o peso do meu cantar…”, como diria o Chico Sena. Velharias – como Serra, Dilma, Ciro e os palhaços nanicos de sempre -, nunca mais!
Fonte: www.jesocarneiro.com



Parabéns Marina!!

Hoje, 08 de fevereiro, é  aniversário da senadora do Partido Verde, Marina Silva. Nós do PAJÚ, parabenizamos aquela que tornar-se-á a primeira mulher Presidente da República do Brasil.
Nós já Marinamos. Marine você Também.

La vai bauxita !!!

                                              Foto: Podalyro Neto

Final de tarde, em um dia qualquer de fevereiro. Navio carregado de bauxita navega suavemente em frente a cidade de Juruti-Pará.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Educação sentimental



FERNANDO DE BARROS E SILVA

 O programa do PV, exibido ontem à noite em rede nacional de TV, marcou a estreia de Marina Silva como candidata à Presidência. O grande público pôde vê-la pela primeira vez neste ano. Ao final de 10 minutos, fica-se com a sensação de que o PT teria com o que se preocupar se as condições da disputa não fossem tão desiguais.
O que fez o PV? Um programa em grande parte dedicado à importância estratégica da educação. Mas associou a defesa dessa bandeira à biografia da sua candidata, de tal forma que as coisas se confundissem num enredo comum. Marina aparece na tela como a melhor personagem da sua mensagem.
A identificação e o contraponto com Lula não poderiam ser mais cristalinos. Nascida no interior do Acre, negra, pobre, analfabeta até os 16 anos, Marina também é uma legitima "filha do Brasil".
Mas, contra todas as adversidades, depois de ter sido humilhada pela professora diante dos colegas no primeiro dia de aula, reuniu forças para se alfabetizar: "A minha vontade de aprender era tamanha que em 15 dias eu já estava alfabetizada". Concluiu o supletivo, passou no vestibular, cursou história e se especializou em psicopedagogia.
"Tudo o que aconteceu na minha vida foi graças à oportunidade que tive de estudar, ainda que tardiamente", diz, orgulhosa. É como se dissesse: Lula nos trouxe até aqui, para dar o próximo passo é preciso estudar -apresentando-se, ela própria, como o espelho do futuro.
Merece atenção a referência elogiosa que Marina faz a Lula e a FHC, de maneira equânime. Ao mesmo tempo em que se coloca como herdeira dos dois, ela vocaliza a ideia de que representa uma ruptura. Sem se definir, o programa oscila habilmente entre mensagens de continuidade e mudança, evolução e revolução, passado e futuro.
Ouvimos de Marina expressões como "virada histórica", "grande transformação", "nova consciência" e "utopia". Mas ninguém precisa ter medo. A fala mansa está ali para nos sugerir que ela é só um Lula que estudou até o fim, direitinho.
fonte: clipping TSE

Governador de Pernambuco Anuncia ZPE, e a nossa?


Na semana passada, o município de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife (PE), recebeu autorização para o início das obras de infraestrutura da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), uma espécie de zona franca para a produção de equipamentos com tecnologia de ponta voltada para o mercado externo. Numa cerimônia rápida, com a participação do presidente Lula, o decreto foi assinado. Agora, o governo do estado de Pernambuco inicia a contratação das obras de R$ 3,753 bilhões.

O governador Eduardo Campos aposta no empreendimento como forma de alavancar a economia pernambucana. A ZPE será construída num terreno de 500 hectares. A primeira etapa deve estar concluída em janeiro de 2011, quando serão iniciadas as operações das fábricas de eletroeletrônicos e produtos farmacêuticos. Quando estiver funcionando a pleno vapor, a ZPE contará com três mil operários.
Bastante a vontade, o presidente Lula explicou que se o projeto funcionar a contento, o governo autorizará novas áreas especiais na região Nordeste.
Cabe aqui uma reflexão.
O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que foi ministro (Ciência e Tecnologia) no primeiro mandato do presidente Lula não só tem o aval e o apoio da presidência como compreende que esta iniciativa trará para seu estado diversas vantagens no curto e longo prazo. Empregos de alto nível, produção industrial concentrada, baixo impacto ambiental, geração de ciência e tecnologia locais, entre outros benefícios.
A postura dos Legisladores paraenses do próprio PT é exatamente na posição contrária, especialmente o Dep. Zé Geraldo (PT), e outros lacaios.
O PT paraense é contra ZPE na região por motivos aparentemente infantis de paternidade da idéia que é de autoria do Sen. Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
A impressão que fica é que o Pará parou no tempo e perdeu uma oportunidade única de ter avanços e recuperar atrasos históricos com o apoio do governo federal. Estados muito menores e menos influentes recebem vultosos investimentos federais, especialmente no Nordeste. O Maranhão, por exemplo, receberá uma refinaria da Petrobrás com valores que passam os R$ 40 bilhões e algumas dezenas de milhares de empregos. O Pará continuará mesmo como colônia mineral pois nem a tal siderúrgica prometida será instalada aqui. Não me surpreenderia se fosse para o poderoso e influente politicamente Maranhão.
É assustador como Santarém "Não perde a oportunidade de perder oportunidades".
Temos um vice governador de Santarém, prefeita e governadora (ex senadora) do mesmo partido do presidente (que anunciam aos 4 ventos que são amigas íntimas do mesmo), o prefeito de fato de Santarém será alçado ao cargo de secretário da casa civil do estado, temos o ministro de relações institucionais declaradamente apaixonado por Santarém e ainda assim, não aproveitamos essa intimidade toda com o poder e com as instituições para fazer, no mínimo, o que Pernambuco fez.
Fica aqui o questionamento aos gestores públicos locais:
Por que a ZPE é apoiada pelo governo federal (do PT) em Pernambuco e execrada em Santarém pelo mesmo PT? Qual é a outra alternativa?

Fotos

Devido a aquisição de novos equipamentos pelo Grupo Paju, algumas fotos têm sido publicadas com certa distorção," pixadas "
Estamos tentando entender alguns novos programas de edição de imagens (afinal ninguém é profissional)e resolver o problema o mais rápido possível.

PARA REFLETIR !!!



       Foto: Podalyro Neto


Frase estampada na camiseta de um comunitário, morador da Floresta Nacional do Tapajós - Belterra-PA.

Deputado Federal lá do Estado do Pará é contra novos estados

Vejam só a nova luta do "nobre" deputado lá do estado do Pará, Zenaldo Coutinho. O nobre tem concentrado todas suas forças e gasto todas suas energias contra o plebiscito para criação de novos estados no Pará. Isso mesmo, contra uma ferramenta democrática que é o plebiscito. Parece até que o nobre não foi eleito de forma democrática. Gostaríamos de discutir a criação do Estado do Tapajós com Zenaldo Coutinho. Imaginamos seu conhecimento profundo sobre o Oeste do Pará e as dificuldades que enfrentamos por aqui. Porque o nobre não gasta suas energias e usa sua influência política (?) e sua enorme sapiência para apoiar a criação da Área de Livre Comércio em Santarém? Ou propõe modelos, projetos, ações etc que visem o desenvolvimento do Oeste do Pará? Será que o nobre Deputado quer mídia?
O convite está feito caro Sr Zenaldo Coutinho.
Leiam agora o requerimento que Zenaldo protocou ontem na Câmara dos Deputados:
REQ 6176/2010, pelo Dep. Zenaldo Coutinho, que "requeiro a V. Excia. com base no Art. 141 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados revisão dos Despachos de Vossa lavra, incluindo a análise nas seguintes Comissões dos respectivos PDCs: 1 - PDC 2300/2009 e PDC 159/1992 "

Resumindo: se o requerimento for aprovado, na prática, significa que o processo será reavaliado em várias comissões, por vários relatores, com prazos e mais prazos para cumprir, demorando, no mínimo mais dois anos para ir de novo ao plenário da Câmara dos Deputados. (fonte : blog do Zé Carlos Lima)

Marina Silva lança blog

Marina Silva lançou esta semana seu blog oficial. Lá a vida admirável de Marina é descrita, artigo de Marna estão a disposição dos leitores....
Vá lá e confira:
http://www.minhamarina.org.br/

Educação de qualidade

A futura presidente do Brasil, Marina Silva, destacou ontem no programa do PV a luta por educação de qualidade. Somente com educação de qualidade é que uma nação pode progredir e evoluir. Algo lógico. Não adianta contruir escolas e colocar aluno dentro. Tem que qualificar a mão de obra e investir em tecnologia, garantindo aos alunos acesso ao mundo digital.
Enquanto muitos políticos trabalham para perpetuar a ignorância do povo, Marina Silva quer mudar o Brasil através da educação.
Marina vem ai e vai fazer muito barulho!!!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bandeirinha encanta-se com Santarém e Alter do Chão



A bandeirinha mais famosa (e bonita também ) do Brasil parece que se encantou com as maravilhas da região. Vejam o que ela diz da sua recente passagem por Santarém, quando veio apitar o jogo de entrega de faixas do São Francisco:

"Para quem não conhece, Leão Azul é o time do São Francisco da cidade de Santarém/PA. Em 2009 foi campeão Santareano de futebol amador e a diretoria do clube fez uma festa para comemorar a entrega da faixa.
No dia 31 de Janeiro, estava em campo o time do São Francisco X Seleção de Mojui dos Campos, e mesmo sendo festa para o São Francisco, a seleção não deixou por menos, ganhou o jogo por 2x0. Jogo relativamente tranqüilo em questão de arbitragem, sem muita falta e discussão, foi muito bom. Parabéns à todos e obrigada a diretoria do Leão Azul.
De São Paulo a Santarém/PA, passando por Manaus/AM, foram 7h de viajem, e quando estávamos perto de Manaus comecei a apreciar a bela paisagem deste nosso Brasil, uma imensidão verde cortado pelo gigante Rio Negro, muito lindo.
Foi só uma passagem e seguimos rumo a Santarém, uma cidade linda que fica as margens do Rio Tapajós e Rio amazonas, onde as águas se encontram formando uma das mais belas paisagens da natureza.
No dia seguinte após o jogo, fui convidada a conhecer Alter do Chão, ponto turístico, onde as margens do rio formam praias de areia e os banhistas aproveitam para desfrutar das águas doce do rio Tapajós. Não perdi tempo fui logo mergulhar. Ha que vontade de não sair mais dali. Mas como o que é bom dura pouco e a visita é rápida, eu estava à trabalho e não de férias. Adorei o lugar, gostoso e aconchegante, com pessoas que fazem você se sentir em casa, quem sabe um dia eu volto a passeio e fico uma semana, rsrs."
fonte: www. anapauladeoliveira.com.br

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lago do Juá - "Beleza com os dias contados" II

Mansa remada no encontro do Juá com o Tapajós. Cena ameaçada pela ganância de uns e pela complacência covarde de outros.

Foto: Podalyro Neto

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Quinta tem Marina na TV

Nesta quinta-feira, por volta das 20h, o Brasil terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre
Marina Silva, a principal defensora brasileira da Democracia com Sustentabilidade.
A emocionante história de Marina Silva será contada num programa de TV elaborado pelo PV, com 10 minutos de duração.
Reúna seus amigos e familiares para escutarem juntos o que tem a nos dizer a mulher amazônida que encanta o mundo com sua capacidade de agregar as diferenças em prol de uma sociedade mais justa, ética, desenvolvida e sustentável.

Amazônia !

Foto: Erik L. Jennings Simões

Ramal do "anta" , distante 100 km de Santarém. Inevitavelmente, nós amazônidas temos que repensar nossas relações com o meio ambiente e com o homem.

Lago do Juá - "Beleza com os dias contados"


                                            Foto: Podalyro Neto

Lugar que inspirou tantos poetas da Região, o Lago do Juá em Santarém, está com os seus dias contados, resultado da ignorância e da ganância de invasores que ocuparam o seu entorno com a complacência covarde de órgãos como IBAMA, SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, POLICIA MILITAR, entre outros. A fotografia foi tirada junto com várias outras no último final de semana que serão mostradas aqui no Blog.

Paliativo

A turma do Paju bem que tentou. Algum lixo foi recolhido das praias, mas a quantidade era tão grande que de pouco adiantou. Foi apenas um pequeno e momentâneo paliativo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Nunca vi praias tão sujas, como aquelas...

Praia de Santarém entre a Salvação e Maria José. Não temos mais pegadas de poetas, crianças e piracaia nas praias. Agora são marcas de pneus e lixo. Algo intenso e imediato devemos fazer, para voltarmos a falar: " nunca vi praias tão belas ..."

Imagens do Juá

Essa semana o blog estará mostrando imagens feitas no lago do Juá. O local de beleza única, fica localizado entre as praias do Maracanã e Maria José e foi invadido por pessoas cuja necessidade de terreno para moradia é bastante duvidosa. Afirmamos que a referida invasão trará danos irreversíveis ao lago e ao ambiente que o cerca.