Na semana passada, o município de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife (PE), recebeu autorização para o início das obras de infraestrutura da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), uma espécie de zona franca para a produção de equipamentos com tecnologia de ponta voltada para o mercado externo. Numa cerimônia rápida, com a participação do presidente Lula, o decreto foi assinado. Agora, o governo do estado de Pernambuco inicia a contratação das obras de R$ 3,753 bilhões.
O governador Eduardo Campos aposta no empreendimento como forma de alavancar a economia pernambucana. A ZPE será construída num terreno de 500 hectares. A primeira etapa deve estar concluída em janeiro de 2011, quando serão iniciadas as operações das fábricas de eletroeletrônicos e produtos farmacêuticos. Quando estiver funcionando a pleno vapor, a ZPE contará com três mil operários.
Bastante a vontade, o presidente Lula explicou que se o projeto funcionar a contento, o governo autorizará novas áreas especiais na região Nordeste.
Fonte: Blog do Planalto
Cabe aqui uma reflexão.
O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que foi ministro (Ciência e Tecnologia) no primeiro mandato do presidente Lula não só tem o aval e o apoio da presidência como compreende que esta iniciativa trará para seu estado diversas vantagens no curto e longo prazo. Empregos de alto nível, produção industrial concentrada, baixo impacto ambiental, geração de ciência e tecnologia locais, entre outros benefícios.
A postura dos Legisladores paraenses do próprio PT é exatamente na posição contrária, especialmente o Dep. Zé Geraldo (PT), e outros lacaios.
O PT paraense é contra ZPE na região por motivos aparentemente infantis de paternidade da idéia que é de autoria do Sen. Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
A impressão que fica é que o Pará parou no tempo e perdeu uma oportunidade única de ter avanços e recuperar atrasos históricos com o apoio do governo federal. Estados muito menores e menos influentes recebem vultosos investimentos federais, especialmente no Nordeste. O Maranhão, por exemplo, receberá uma refinaria da Petrobrás com valores que passam os R$ 40 bilhões e algumas dezenas de milhares de empregos. O Pará continuará mesmo como colônia mineral pois nem a tal siderúrgica prometida será instalada aqui. Não me surpreenderia se fosse para o poderoso e influente politicamente Maranhão.
É assustador como Santarém "Não perde a oportunidade de perder oportunidades".
Temos um vice governador de Santarém, prefeita e governadora (ex senadora) do mesmo partido do presidente (que anunciam aos 4 ventos que são amigas íntimas do mesmo), o prefeito de fato de Santarém será alçado ao cargo de secretário da casa civil do estado, temos o ministro de relações institucionais declaradamente apaixonado por Santarém e ainda assim, não aproveitamos essa intimidade toda com o poder e com as instituições para fazer, no mínimo, o que Pernambuco fez.
Fica aqui o questionamento aos gestores públicos locais:
Por que a ZPE é apoiada pelo governo federal (do PT) em Pernambuco e execrada em Santarém pelo mesmo PT? Qual é a outra alternativa?
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