sábado, 20 de fevereiro de 2010

Educação: o que pensa Marina Silva

No blog da Marina Silva (www.minhamarina.org.br)

"Difícil falar de uma ou duas soluções que resolveriam todo o nosso problema (educação). Aqui vão cinco itens a serem implementados agora que conseguimos praticamente universalizar o Ensino Fundamental.
1) Os resultados das últimas avaliações do ensino mostram que nem 30% dos alunos  têm desempenho adequado em português e matemática, tanto na quarta série, como na oitava e ensino médio. Queremos que todas as crianças e jovens aprendam todos os conteúdos, valores e habilidades necessários.
2) Precisamos que a formação inicial do professor esteja mais conectada com a realidade da sala de aula. O professor deve ter uma formação continuada consistente para estar atualizado em termos de conteúdo e, ao mesmo tempo, satisfeito nos aspectos de carreira e salário.Precisamos cuidar para que a lei vigente seja cumprida, para tornar a profissão mais respeitada e atrair novamente bons profissionais.
3) Dados de organismos internacionais como o Cepal apontam para a necessidade de 12 anos de escolaridade para o indivíduo sair de um estado de pobreza, ou seja, a conclusão do ensino médio. Hoje apenas 61% dos alunos concluem o Ensino Fundamental e 44% o Ensino Médio. É preciso criar condições para que todos os alunos concluam essas etapas na idade correta, sem repetência, para que possam participar da vida do país de forma digna e produtiva.
4) Existe uma grande demanda dos jovens que se dizem desinteressados pela escola e que procuram por cursos técnicos e profissionalizantes. Não se trata de abrir mão de uma visão mais ampla, humana e cultural, mas de promover uma atualização dos currículos em seus aspectos culturais e nos relacionados ao mundo do trabalho.
5) O brasileiro tem direito a ir para a escola dos 4 aos 17 anos. Estudos nacionais e internacionais demonstram a importância da educação infantil como forma de melhorar o aprendizado nas séries iniciais. Precisamos, então, garantir que a lei seja cumprida e que as crianças possam ingressar na escola já aos 4 anos.
Estes pontos foram elaborados com a ajuda da socióloga Neca Setubal, presidente do Cenpec, uma das ONGs mais respeitadas do país em educação."

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