terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Caos na saúde

No AMAZÔNIA:

Há três meses sem receber repasses de recursos do governo do Estado, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) se prepara para o Natal mais apertado de sua história: o salário referente ao mês de novembro deste ano dos 1.079 funcionários, que deveria ter sido pago até o quinto dia útil de dezembro, ainda não foi depositado; os fornecedores de materiais estão sem receber desde outubro passado e ameaçam suspender as entregas de remédios e materiais básicos de atendimento já a partir da próxima semana.
Às vésperas das festas de fim de ano, período mais movimentado nas enfermarias do hospital, as baixas nos estoques de remédios e a não previsão de reposição representam a possibilidade de um colapso sem precedentes no atendimento.
A diretora do Metropolitano, Maria do Carmo Lobato, admite o nível crítico dos estoques de remédios e materiais, e revela que os atrasos nos repasses do Estado, repetidos em abril e junho de 2009, obrigaram o hospital a adotar medidas de contenção de despesas. As principais foram a dispensa de profissionais, corte de gratificações e um novo esquema de triagem na emergência, mais rigoroso para entrarem apenas os casos críticos.
A situação financeira do Metropolitano se agravou em setembro, quando os recursos do Estado, que representam 40% da receita do hospital, deixaram de ser depositados regularmente. Desde então, o HMUE tem se mantido unicamente com os recursos federais, repassados rigorosamente e sem atrasos até o dia 15 de cada mês. A parcela repassada pelo Ministério da Saúde, porém, dá conta de 60% dos gastos e é insuficiente para quitar a folha de pagamento e os contratos com fornecedores.
Na ponta do lápis, caso deixe de depositar hoje a parcela referente ao mês de dezembro, o Estado terá obrigado o Metropolitano a amargar um prejuízo de R$ 5,3 milhões. Em setembro, último mês em que a Sespa liberou recursos ao hospital, deixaram de ser pagos nada menos que R$ 530 mil reais (dos R$ 1.614.000,00 previstos).

Nota do blog: Qual será o próximo hospital a entrar em colapso?

Um comentário:

  1. Isso que está acontecendo é um reflexo de um governo incompetente e mal administrado. O estado do Pará está falido?É de se estranhar pois nos últimos meses o PIB paraense foi um dos que mais cresceu no Brasil.O descaso com a saúde pública é imensa, e é uma pena que todos esses hospitais que foram construidos recentemente (pelo governo anterior) esteja passando por toda essa dificuldade financeira. A população precisa desses hospitais em pleno funcionamento!

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