sábado, 23 de outubro de 2010

Liderança não se impõe: Liderança se conquista !!


Ao iniciar esta, lamentamos profundamente que os nossos líderes do PV no Estado do Pará tenham resolvido impor de vez o apoio a candidatura de Ana Júlia. O termo é esse mesmo: IMPOR.

Ao observarmos a publicação na internet da cópia da decisão judicial que proíbe lideranças do partido a manifestarem o seu apoio a candidatura diferente daquela que os nossos "iluminados" líderes decidiram, só nos resta lamentar que o PV esteja fazendo aquilo que os "velhos partidos" fazem. Faltou capacidade de diálogo, faltou liderança (se é que existe), faltou coerência. Devemos continuar a ser um partido propositivo que junto com Marina Silva conquistou vinte milhões de votos. Devemos influenciar positivamente no cenário político local, estadual e nacional. Já fizemos isso antes quando colocamos na pauta das discussões e das políticas públicas, temas como sustentabilidade, mobilidade sustentável, ecologia entre outros. O PV erroneamente não ousou "construir" liderança para defender esses e outros assuntos tão importantes para o Estado do Pará.

O nosso partido sempre foi quintal dos governos estaduais, não interessando quem esteja no poder. Uma hora os tucanos são os melhores, outra hora os "amados companheiros petistas" são os melhores. Parecemos torcedores de Remo e Paysandu ou de São Francisco e São Raimundo, só que existe uma diferença entre torcedores de time de futebol e "torcedores de governos": Os torcedores de times de futebol são mais éticos e coerentes com os seus sentimentos, continuam com os seus times perdendo ou ganhando. Torcedores de governos são mais "pragmáticos" (termo usado pra justificar, oportunismo e imediatismos). Nós não quisemos formar o nosso time e como isso não, aconteceu escolhemos o time dos outros pra torcer. Renato Aragão, o Didi Mocó, certa vez disse: Beijo de mãe é bom, beijo de mãe é bom, eu como não tenho mãe beijo a mãe de qualquer um. Somos assim, beijamos a “melhor” mãe que encontramos, e o pior é que estranhamente parece que o PV no Pará não quer ter uma mãe de verdade.

Como torcedores de governos, esquecemos do nosso partido e só falamos do partido dos outros. Parece até verdade a máxima: “amor velho a gente nunca esquece”. Como torcedores nos tornamos apaixonados e como apaixonados nos tornamos cegos. Aqui no Pará o PV tem três tipos de filiados. O primeiro grupo é aquele que diz ter feito “exaustivas” reuniões com os seus filiados, chegando a conclusão que seria melhor, depois de ouvir todos no partido (o que não é verdade) apoiar a candidatura de Ana Júlia do PT. O segundo grupo abriga aqueles que rebelaram-se contra a decisão dos nossos “iluminados” líderes e mudaram de lado, desembarcando da barca furada comandada pela Governadora Ana Júlia depois do resultado eleitoral do primeiro turno das eleições. O terceiro Grupo nunca concordou com a decisão de apoiar o PT, expondo desde o início que apoiaria a candidatura de Simão Jatene Para o Governo do Estado.

Que tal refletirmos um pouco: A quem interessou essa coligação? Ao partido? A um grupo minoritário? O Partido cresceu depois da eleição? Aumentamos o número de representantes na Assembléia Legislativa do Estado do Pará? Elegemos representantes para Câmara Federal?  As respostas todos sabem. Portanto o resultado desse desastroso apoio, mesmo que o PT ganhe a eleição para governador, foi o encolhimento do partido. Enquanto nos tornamos o terceiro partido mais votado do Brasil, no Pará quase fomos varridos do mapa e enquanto isso nossos líderes continuam nas suas defesas apaixonadas do partido dos outros esquecendo-se do PV, das nossas propostas, das aspirações, dos debates internos, dos anseios de seus filiados. Lamentavelmente preferem a burocracia da decisão judicial ao diálogo com os seus filiados, achando que liderança é algo que pode ser imposto ao invés de ser conquistada.


3 comentários:

  1. A guilhotina, a forca e a fogueira, modelos de punição do passado, foram feitas para pessoas corajosas. Não aponta a história que algum covarde delas tenha experimentado, ao contrário, eles frequentam as cortes, onde se tornam bobos, empalidecem e desaparecem sem deixar registro. É lamentável que o presidente do PV no Pará, se assemelhe à segunda categoria, mas na condição de carrasco, e ainda quer atribuir aos filiados do partido a responsabilidade pelo fracasso eleitoral. Renovem a direção do PV, a sociedade merece.

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  2. DE fato, indiscutivelmente, o PV do Pará perdeu uma grande chabce de despontar na política ao deixar de apresentar candidatura própria ao governo do Estado. Também perdeu quando não apresentou candidatura prórpia para o Senado. Perdeu feio quando foi imposta, apresentado, apenas um candidato para a Câmara Federal.
    Em pior situação se estabeleceu ao perder o registro de 28 candidatos Verdes, ou seja mais de 40 mil votos deixaram de serem computados, podendo seerem eleitos mais dois deputados estaduais.
    Analisando: quem foi o culpado?
    1) Uma direção regional que se impõe, ditadorialmente, seguindo a paixão (PT) de inicio de sua carreira política.
    2) Um grupo verde que sempre olhou o PV do Pará como uma liberdade política para gerar grandes lideres e tomou a decisão de não seguir as imposições da direção (Zé Carlos).
    A verdade virá em menos de 6 (seis) meses.
    Como um dos fundadores do PV no Pará, em 1991, também mereço respeito.

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  3. Vejamos aonde vai a consequência da desastrosa direção do PV no Pará. A Direção Nacional tem o dever moral de aplicar o Estatuto, no caso, que prevê a dissolição da direção partidária em caso de derrota eleitoral.
    O PV do Pará, perdeu a grande chance de crescer substancialmente com a candidatura de Marina Silva, aogra os verdes de todo o Pará, que não se revestiram de vermelho, terão como desafio resgatar a imagem do Partido perante a sociedade. Mostrar a esta que a "banda vermelha" do PV foi quem se amesquinhou e se vendeu ao PT. E que o verdadeiro PV, é sim ideológico, ético, não se vende e não se rende ao pragmatismo temporal.

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