quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Por que em Belém?

Está acontecendo neste exato momento a segunda audiência pública do Estudo de Impacto Ambiental do porto graneleiro da multinacional CARGILL localizado em Santarém. A primeira audiência realizada em junho, no Iate Clube em Santarém teve ampla participação de todos os segmentos organizados da sociedade. Muitos foram os questionamentos feitos principalamente pelo Ministério Público quanto a legitimidade de algumas informações do respectivo estudo colocando em dúvida as afirmações contidas no EIA. Considerando os questionamentos e as dúvidas levantadas sobre o estudo fez-se então a necessidade da realização de uma segunda audiência pública que foi marcada pra hoje, só que pasmem, em Belém.

Por que em Belém?

Por que não foi realizada em Santarém, ou outra cidade do Oeste do Pará, região onde o porto foi construído e onde os impactos aconteceram e estão acontecendo?

Que justificativas a SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) tem para tomada de tal decisão?

Por que as ong's ambientalistas, a maioria ligadas ao PT, não protestaram contra a decisão do local de realização da segunda audiencia pública?

Por que nossos políticos eleitos pela região (Alexandre Von, Lira Maia, Carlos Martins, Antônio Rocha, Gabriel Guerreiro, Maria do Carmo entre outros) não brigaram para que a segunda audiencia não fosse realizada em Santarém ou região?

Por que o Ministério Público não se manifestou quanto ao lugar da segunda audiênca pública?

Quanta falta de respeito; quanta falta de ética; quanto cinismo. Enquanto isso, nós aqui na beira do Tapajós, continuaremos a ver os navios passarem, literalmente.


2 comentários:

  1. Veja o comentário do blog do zé carlos sobre o assunto: "O representante da empresa respondeu aos questionamentos do MPE feitos na audiência de Santarém, tais como a ocorrência de doenças respiratórias causadas pelo pó da soja.". Esse cidadão é mais um que deve ser enquadrado naquele rol de pessoas/políticos apresentado por voces na matéria.

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  2. Vai ver que é por quer o Everaldo Martins está em Belém. Aliás, não é só as decisões da Cargil que são tomadas em Belém. Parte da prefeitura de Santarém está em Belém. Esperamos que o governo Jatene mude essa lógica " colonialista" regional.

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